A Origem
Fui assistir “A Origem” já com certa expectativa devido aos grandes nomes relacionados com a produção e com as críticas a respeito dos filmes. E apesar de ser difícil de acontecer, “A Origem” superou em muito minhas expectativas. Um filme tão complexo quanto nosso próprio inconsciente, que nem Freud explica.
A idéia principal do filme a consciência para dentro dos sonhos, onde não existem fronteiras nem limites. Mas a minha ressalva vai para o final do filme, que pode ser interpretado de mais de uma forma. O pião, ao não cair na última cena, revela que o personagem vivido por Leonardo DiCaprio ainda não havia voltado para a realidade, que estava perdido em algum lugar da inconsciência.
NOTA: 10
Entre Irmãos
Que os trailers não são completamente fiéis aos filmes, todos nós já sabíamos. Mas nesse filme, em específico, percebi duas diferenças. Uma delas é o fato de que o trailer dá a entender que a personagem de Natalie Portman, Grace, se apaixona pelo irmão de Sam, Tommy, quando na verdade o que houve foi apenas um momento de carência por parte da personagem, que nunca deixou de amar seu marido, mesmo achando que ele estivesse morto.
Já a outra diferença, diria que é mais uma omissão por parte do trailer do que realmente uma diferença. No trailer não percebemos a transformação e a intensidade do personagem de Tobey Maguire, responsável por fazer refletir qualquer um que assista a esse filme sobre as conseqüências que uma guerra tem, tanto nos que lutam, quanto em suas famílias, impotentes diante dessa realidade.
“Entre Irmãos” emociona com ótimas atuações, dando destaque para a atriz mirim Bailee Madison.
NOTA: 9,0
Julie & Julia
Julie & Julia, o que eu poderia dizer, senão encantador. Pelo trailer do filme, já havia percebido que se tratava de um promissor longa, apesar de às vezes os trailers deturparem um pouco a nossa percepção.
Outro bom indicador de qualidade seria o filme contar com a atuação de Meryl Streep, que deveria sempre ganhar o Oscar, Sandra Bullock que me desculpe. Não apenas Meryl Streep consegue dar vida com perfeição e personalidade à Julia Child, como Amy Adams nos faz criar uma instantânea empatia por sua personagem, Julie.
Esse é um filme que poderia durar horas e continuaria a ser agradável. Assim como as receitas que são demonstradas no filme, ele deve ser apreciado e não passado despercebido.
NOTA: 9,5
Guerra ao Terror
Somente hoje, depois de muito esperar, fui ter a oportunidade de assistir à Guerra ao Terror. Isso por que moro em um lugar onde os filmes demoram tanto a chegar que mais parecem ser trazidos de Hollywoood até aqui no lombo de um jegue.
Depois de todo esse trabalho, confesso que me decepcionei com o filme. O filme é bom, que isso fique bem claro, mas esperava mais. Esse é o problema de quando criamos muita expectativa ao redor de um filme.
Ganhador do Oscar 2010, o longa tem cenas bastante fortes, o que não poderia ser diferente, já que sendo um filme de guerra, flores é que não iriam ter. Porém o que senti falta foi de emoção, não no sentido de adrenalina, mas sim no fato de que o filme não me sensibilizou.
Ao terminar de assistir, fiquei pensativa a respeito de todo o estardalhaço que foi feito em relação à Guerra ao Terror. Também não entendi como a produção pôde ter ganhado o Oscar de melhor filme, me fazendo refletir quanto aos outros indicados. Se o que ganhou não gostei muito, imagine os que perderam. Estou até com certo receio. Agora é esperar para ver os outros filmes.
NOTA: 8,5
O Livro de Eli
Como uma verdadeira cinéfila e seguidora dos filmes do Denzel Washington, fui conferir seu último filme, O Livro de Eli. Extremamente reflexivo, esse é um filme que nos mostra a importância de acreditar em algo que seja maior que nós.
Um filme que nos leva a repensar acerca de nossas crenças, onde a fé, não necessariamente uma religião, é o que garante a sobrevivência da humanidade, o que uni as pessoas e permite que suportemos as adversidades. Pois é quase insuportável a idéia de que estamos sozinhos, largados ao acaso.
Esse é uma produção, que como muitas, não acaba quando termina. Porém, a mensagem que é passada, vale mais do que o filme em si, que não é uma das melhores opções para quem está querendo somente entretenimento.
NOTA: 7,5
Diamante de sangue
Anos após ter visto pela primeira vez, assisti por outra perspectiva à Diamante de Sangue. Um filme que nos mostra aquilo que está longe dos nossos olhos. O preço que uns tem que pagar para que uma mulher de classe alta do outro lado do mundo possa ser presenteada por um belo anel de diamantes.
Esse é um filme forte, não podendo ser diferente, já que retrata a realidade, que não é fácil, muito menos justa. Às vezes é difícil de acreditar que aquilo a que estou assistindo representa a real situação de um país em um continente negligenciado pelo mundo.
O filme se passa em serra leoa, mas parece até outro mundo. Crianças sem infância são treinadas como soldados para se tornarem guerrilheiros de uma luta que não tem lógica alguma, somente dor, e que só faz alimentar cada vez mais esse ciclo do tráfico de pedras preciosas.
Quando a maioria das atenções estão voltadas para os conflitos existentes no Oriente Médio, a África ao longo da história ficou abandonada à própria sorte e a mercê de aproveitadores. Porém, agora a África se torna o centro das atenções do mundo.
A Copa do Mundo de Futebol na África do Sul é o motivo para que todas as lentes se voltem para uma região, que assim como seus diamantes antes de serem lapidados, são assimétricos e cheios de imperfeições, mas que possuem um brilho único e uma riqueza inestimável. A esperança é que após a Copa, a África não seja esquecida novamente.
NOTA: 8
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Pipoca com Coca
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Trailer de Eclipse
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